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Mostrando postagens de junho, 2007

Oráculo

Salvador Dali Dedos passeiam pelo mapa que segue como um oráculo no meu colo Sinais de tédio avançam em versos rascunhados em seu diário. . Percorrer teu corpo febrilmente Engulo-a como pêra Vontade, voragem. Sinais de violência que ecoam pelos gritos abafados no lençol Sou a hiena que suga a carne putrefata Fantoche vil Cadáver sem dono Largado no asfalto: Sussurro palavrões em seu ouvido Desconhece as gírias do subterrâneo, E da sacanagem; Deixo lastros de saliva E néctar como uma trilha, Para a próxima viagem Sodoma & Gomorra: revisitadas. Cuspo no teu o colo avermelhado, Pelo calor...

Esquecimento

Salvador Dali Procuro pelos nomes E, rostos. Que hipnotizaram meus os sentidos Vasculho livros Que outrora Jaziam esquecidos Prometo ao meu amor Que jamais negarei um beijo Enquanto, existir longe dos seus olhos e, zelo. Tudo, para que haja a inquietude do primeiro encontro. -Os enamorados não devem ser surpreendidos, pelo mau tempo. Ou, pelas vozes confusas das tempestades uma declaração afogueada Um deslize um sopro de esquecimento. A cada semana Na travessia de casa Contarei as flores E, as crianças e os aviões. Entrarei em igrejas e, Templos Passarei a folgar as horas as rajadas de vento Mergulhada na solidão distante das agruras do tempo refém da inspiração contemplo o quadro do momento extasiada pelo nascimento de um poema -lúdico encantamento!
FRANCISCO DE GOYA SOMMARIO em tua companhia asculto os sons do silêncio desdobro os nós nos teus braços omito il coscienza em versos biancos encontro minha essência io caminho distraída, tropeço nas circostanzas salvo cada frase;cristalizo lembranças com a lentidão de um símio rascunho poemas enleada nas colores do arco-íris mergulhada nas ondas da tempestade:em tua companhia io encontro a solidão

Malabar

Odd Nerdrum Alcanço os versos Que se movem em ondas Entre as paredes imaginárias da minha mente. Após acordar Ainda, com meu corpo aquecido pelo teu, Ensaio um tchau Um adeus Abraço lençóis, e camisetas. Que cobrem a cama Perdido na imagem Das tuas curvas Que obsessivamente invadem pensamentos em branco Estanco lembranças Que povoam o nosso cotidiano; Disseco-as em poemas Em sonho Engulo tua boca E, a devassa Que mora entre tuas coxas Na tua ausência Desvendo a madrugada úmida O amanhecer tristonho A tarde morna Refém do desejo E, da enfadonha existência. Não me reconheço Nem mais me vejo

RETIRO DE INVERNO

Alcançar as folhas que brincam na a remada do vento Aquecer o nariz Carlos Gorriarena Na pele Ruborizada de beijos Dormir abraçada aos travesseiros Esquecer o relógio Nas gavetas dos meses Que se misturam, Com as estações Reger a orquestra da vida Com, maestria.amar Como se fosse O último dia Calar, Na audição da poesia Beijar reinventando uma sinfonia Inspirando um poema

Despertar

Madona con il bambino - Tiziano Vecellio Afogo minhas mágoas Segurando os joelhos contra o peito avistando um fio de céu que surge Entre a escuridão Esqueço de dizer meu nome Rio, e choro. Todas as manhãs Não pude te dizer: Se aprendo a gostar de mim Também posso gostar de ti, ou. De escrever Saí do inferno e então, o velho mundo não coube mais nas minhas mãos, e as nuvens não eram mais sinais de chuva E agora procuro O paraíso, que se esconde. No oásis que são tuas palavras No porto Onde teus olhos me guiam, Pela noite No beijo Que pode ser infinito Ou, breve, Pleno, fugidio

Mantra´s Love

A poesia é a manifestação do inconsciente coletivo.Ela pode espelhar o sentimento momentâneo do artista e, refletir as sensações das pessoas, que procuram no poema um eu, que não se encontra mergulhado em sua alma. A arte tem dessas coisas: criar sensações e, manifestações imediatas.que podem ficar para sempre no cosmos .

Movimento

A criação de Adão, Michelangelo abro tuas carnes e, minha língua. passeia livremente pelo teu sexo anuviando a paisagem que se esconde através das cortinas movendo as águas dos rios, inundando, tua boca preenchendo teus poros, com a essência macia que escorre do meu corpo, despindo a menina e,cobrindo a mulher ce voluptuosidade devorando a natureza inocente, que se esconde no teu peito incendiando teu corpo de estrelas

Liberté

GORRIARENA, CARLOS* (1925) La sombra como un río,1992 Um coração livre precisa de espaço silenciar no ócio respirar poesia A água que escorre do céu, purifica o passado Celebra o presente Transcende velhas idéias Morre-se um pouco todos os dias para vivificar E, se perder no véu da inocência. Encontrar a criança Que brinca com as nuvens Ir de encontro à tempestade Amar – sem criar personagens {Libérer Libertar-se