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Oráculo

Salvador Dali
Dedos passeiam pelo mapa que segue como um oráculo no meu colo
Sinais de tédio avançam em versos rascunhados em seu diário.
. Percorrer teu corpo febrilmente
Engulo-a como pêra
Vontade, voragem.
Sinais de violência que ecoam pelos gritos abafados no lençol
Sou a hiena que suga a carne putrefata
Fantoche vil
Cadáver sem dono
Largado no asfalto:
Sussurro palavrões em seu ouvido
Desconhece as gírias do subterrâneo,
E da sacanagem;
Deixo lastros de saliva
E néctar como uma trilha,
Para a próxima viagem
Sodoma & Gomorra: revisitadas.

Cuspo no teu o colo avermelhado,
Pelo calor...

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