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AS CARTAS DE AMOR DE Ofélia Queiroz para o poeta português Fernando Pessoa




Quarta tem Sarau no Quarto

Angélica Rizzi apresenta
AS  CARTAS DE AMOR DE Ofélia Queiroz para o poeta português  Fernando Pessoa

O Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV), localizado na Rua dos Andradas, 1223, Centro Histórico de Porto Alegre, promove no dia 01 de agosto, às 19h, na Sala Barbosa Lessa, 4º andar, a realização do projeto institucional Quarta Tem Sarau no Quarto. A atração é o sarau Poetas Iluminadas, coordenado pela cantora, poeta e jornalista Angélica Rizzi. Para este encontro  serão lidas as cartas de  Ofélia Queiroz  namorada do poeta Fernando Pessoa durante duas fases: de 1 de maio a 29 de novembro de 1920 e de 11 de setembro de 1929 a 11 de janeiro de 1930.
Ofélia Queiroz   nasceu em Lisboa, na Rua das Trinas, no dia 14 de junho de 1900. Filha de pais algarvios, de Lagos, é a mais nova de oito irmãos. Concluiu o primeiro grau da instrução, embora desejasse ser professora de matemática, mas procurou estar sempre atualizada estudando Francês e Inglês. Gostava de ler, de ir ao teatro e de conviver. Passava muitas horas em casa do sobrinho, o poeta Carlos Queirós, a conviver com grandes artistas como Carlos Botelho, Vitorino Nemésio, Almada Negreiros, Olavo d'Eça Leal, Teixeira de Pascoaes, José Régio e outros.
Ophélia foi a namorada de Fernando Pessoa durante duas fases: de 1 de maio a 29 de novembro de 1920 e de 11 de setembro de 1929 a 11 de janeiro de 1930, embora o contacto entre os dois se mantenha cordial, mas esporádico, até à morte do Poeta.
A primeira fase, marcada por uma paixão sincera, termina com uma carta em que Pessoa afirma que o seu destino pertence a outra lei. O reencontro, motivado por uma fotografia do Poeta a beber no Abel Ferreira da Fonseca, oferecida a Carlos Queirós, inicia-se quando esta mostra vontade de possuir uma igual e ele lhe envia uma com a dedicatória: Fernando Pessoa em flagrante delitro. Nesta segunda fase, nota-se uma enorme confusão de sentimentos e perturbação psíquica.
A partir de 1936 até 1955 trabalhou no SNI (Secretariado Nacional da Informação). Nesse ano, na Tobis, conhece Augusto Soares, um homem de Teatro, com quem casa em 1938. é a   A entrada é franca.

Sobre Angélica Rizzi - Inspirada por clássicos como Dostoievski, Balzac, Stendhal e Rilke, apresentou sua poesia lírica em versos (coleção Arco-íris Poético, 2002, Imprensa Livre) intitulados “Parando para Pensar”, “Poesia para Todos”, “Prisioneiro da Paixão”, “Palavras e Existir”, nos quais abordou temas como amor e paixão, fruto de suas vivências e  reflexões. Seu poema “Prisioneiro da Paixão” foi transformado em sarau musical em 2004 e apresentado em livrarias de Porto Alegre-RS. Em 2009 lançou o livro infantil, “Manoelito o Palhaço Tristonho”, na 55º Feira do Livro de Porto Alegre, em versão bilíngüe, com escrita de sinais para surdos (sign writing).
Em novembro de 2010, durante a 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, lançou seu segundo livro infantil, “Sol e as Ovelhas”, com escrita de sinais para surdos (sign writing) e ilustrações de Auracebio de Souza Pereira. Ainda nesse ano, lança, no dia 14 de outubro, na Palavraria, a continuação da trilogia “Clube dos Solitários” (Giz Editorial), no qual tematiza sobre a solidão e a busca da liberdade. 
Desde novembro de 2010 realiza em diversos espaços culturais da cidade seu Sarau Itinerante Poetas Iluminados, no qual apresenta releituras das canções e poemas  do universo beat  em homenagem ao escritor Jack Kerouac,que serviu de inspiração ao seu último livro.

SERVIÇO:
O Quê: Quarta Tem Sarau no Quarto - Sarau Interativo Poetas Iluminadas, com Angélica Rizzi e a convidada póstuma Ofélia Queiroz.
Quando: Dia 01 de agosto de 2012, quinta-feira, às 19 horas
Onde: Sala Barbosa Lessa do Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo (Rua dos Andradas, 1223, 4º andar), no Centro Histórico de Porto Alegre ‎
Quanto: Entrada franca        
Duração: 1 hora     
Capacidade: 40 lugares
Informações: (51)3226.7974
Acesse: www.angelicarizzi.com
Cartas de amor:
Foi no nº42 da Rua da Assunção, que Fernando Pessoa conheceu Ophélia Queiroz. 1920. A firma em que o poeta trabalhava tinha posto um anúncio no Diário de Notícias e Ophélia veio apresentar-se, sendo que logo que viu «um senhor todo vestido de preto (…), com um chapéu de aba revirada e debruada, óculos e laço ao pescoço», o seu primeiro instinto foi o de rir.
De desconhecidos passaram a colegas de trabalho e alguns dias depois, a afeição, os olhares e a corte veio acelerar o sentimento que os uniu por todo um sempre, independentemente das cartas mútuas que em breve iriam ser trocadas.
Antes da correspondência, precederam-se alguns versos endereçados a Ophélia:
Fiquei louco, fiquei tonto, / Meus beijos foram sem conto, / Apertei-a contra mim, / Enlacei-a nos meu braços, / Embriaguei-me de abraços, / Fiquei louco e foi assim.





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