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Kandinski,V.
A nossa língua

Eu me sinto tão transparente
Quando você vem de repente
E me veste de azul

O céu fica mais claro
de um brilho tão raro
será um cometa, um foguete, ou um simples sim

Nós dois nessa vida
De coração aberto
na alquimia do prazer

Eu,
Você
eu enfim com você
e, a língua dos guayapis

Não havia outro jeito
Mas, com devotado respeito
me apaixonei por você

Agora cê faz favor de desligar todas as luzes
guardar a decência entre os narcisos
e, gritar na escuridão

se eu me perco em nós
não tenho medo de me perder em mim
em noite escura sem luar
no dia de Iemanjá.

(bis)Eu me sinto tão transparente
Quando você vem de repente
E me despe de azul
ELEGIA
Sinto o balanço das ondas
O tremor da terra e, a fúria que, engole tudo
em mim

Vem, que eu devoro
E te,mastigo
enquanto sinto
a dor da solidão

Rabisco símbolos
Desenho as metáforas
que passeiam pela sala
enquanto, escrevo essa canção

Dedilhando as notas
E, as cifras
das batidas tão afoitas
exterior da vala onde se esconde meu coração.

Eu abri todas as portas
Eu quero uma resposta
sobre o e-mail
que voltou

foram todos os poemas
que escrevi
nestas duas últimas semanas
que eu só penso em ti.

Lembra
Da poesia
Rabiscada
Tatuada
Nas tuas costas
Do teorema que criei.

Faz uma semana
Que eu não durmo
Eu só me calo
naqueles poucos segundos
que o sol cobre o céu com sua luz

Nestas gélidas manhãs
Que eu te quero
E, espero a poesia
Mais tristonha
A elegia mas sacana
onde você morre em mim

Ou, que venha a canção mais bonita
A frase
Mais desdita
Só para te fazer morrer em mim.

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